Focus: para 2015, IPCA majorado, taxa Selic imutável e PIB arrefeceu; e para 2016, IPCA aumentou, taxa Selic subiu e PIB baixou.
O relatório semanal Focus do Banco Central, com as projeções de mercado (mediana), registrou as seguintes alterações em comparação com a semana anterior: o IPCA subiu a 9,46% (9,34% antes) para 2015 (limite superior em 6,50%) e atingiu 5,87% (5,70% antes) para 2016; o PIB declinou a -2,80% (-2,70% antes) para 2015 e decaiu a -1,00% (-0,80% antes) para 2016; e a taxa Selic se manteve em 14,25% a.a. para 2015, mas, denotou alta a 12,50% a.a. (12,25% a.a. antes) para 2016.
Considerações:
- O PIB continuou sua tendência declinante, tanto para 2015, pela décima primeira semana ininterrupta, como para 2016, pela oitava semana consecutiva.
- O IPCA seguiu apresentando distanciamento do ponto de 9,30%, ao redor do qual passou anteriormente certo período. Já para 2016 prosseguiu ascendente, se aproximando de 6,00%. Ambas as estimativas relacionadas à evolução da projeção do dólar nos modelos de mercado, que alcançou R$3,95 para 2015 e perdurou em R$4,00 para 2016.
- A taxa Selic conservou-se estacionada em 14,25% a.a. para 2015. Entretanto, teoricamente induzida pelas evoluções das projeções de inflação e do dólar, subiu a 12,50% para 2016.
- A taxa de câmbio (fim de período) para 2015 aumentou pela quarta semana sucessiva e se aproximou de R$4,00, porém, para 2016 registrou agora uma pausa neste patamar.
O CDS (Credit Default Swap) de 5 anos (fonte: CBIN) do Brasil – derivativo que o mercado financeiro utiliza como medida de risco-país – fechou a 488 pontos-base na sextafeira (25), com alta de 98 pontos-base ante os 390 pontosbase do encerramento da semana anterior, se aproximando da pontuação de outubro de 2008 (crise do subprime). O indicador passou a mostrar altas de 137 pontos-base em setembro (351 em 31/08/2015) e de 287 pontos-base no ano (201 pontos-base em 31/12/2014).
Nos EUA, o dado final do PIB 2T15 superou as expectativas e denotou que o crescimento norte-americano perseverou pujante, testificado, inclusive, pelo avanço do Consumo das Famílias, que também veio maior do que o consenso estimado. A presidente do Fed, Janet Yellen discursou no final da tarde de 5ª feira 24.09 e ratificou a possibilidade do órgão iniciar o ciclo de aperto monetário ainda este ano, com o mercado prevendo que tenderá a ser em dezembro.
O COPOM decidiu, no dia 2 de setembro de 2015, manter a taxa básica de Juros (Selic) em 14,25%a.a., por unanimidade e sem viés, após sete elevações consecutivas, que tiveram início em 29/10/2014, quando estava em 11,00% a.a. Em seu comunicado, citou:
“O Comitê entende que a manutenção desse patamar da taxa básica de juros, por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta no final de 2016”.
A próxima decisão está marcada o dia 21 de outubro de 2015.
Confira no anexo a íntegra do relatóriod de análise do Boletim FOCUS, elaborado pelos técnicos do BB INVESTIMENTOS